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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quem sou como educador e aprendiz?


Como foi citado por Nóvoa, é difícil ser educador hoje, é mais complexo do que foi no passado. Temos que lidar com a construção do saber, mas também com a tecnologia e a complexidade social. A escola pública universalizou, alunos de diferentes grupos sociais freqüentam a escola tornando muito mais difícil o nosso trabalho. Convivemos com a violência, com a droga, com o descaso com a educação pública, com famílias desestruturadas, falta de democracia, escolas sem estrutura e tecnologia, baixos salários, e por assim vai.

Como educadora, me sinto aprendiz. Pois tenho consciência da complexidade que permeia nossas escolas e que é fundamental a formação continuada dos professores, para que possamos ser organizadores de aprendizagens via os novos meios informáticos.

A escola precisa tornar-se atrativa e atender com qualidade o nosso aluno. Precisamos buscar conhecimentos, ou melhor, construir conhecimentos, para que possamos articular os diferentes conteúdos de forma interdisciplinar e contextualizados, promovendo no aluno a construção da aprendizagem crítica e reflexiva junto à comunidade e à sociedade.

Eis que é uma tarefa muito difícil, mas não impossível.

Beatriz

Proposta de projeto



ROTEIRO PROPOSTA DO PROJETO

1. Identificação
Nome do cursista: Beatriz Leite Goulart
Nome da Escola: Escola Classe 01 Local (cidade/estado) Ceilândia
Série: 3º ano do BIA Número de alunos: 25 alunos
Professores envolvidos: Coordenadora pedagógica e professores da turma

2. Problemática a ser estudada / Definição do Tema

Brincando e aprendendo com a Matemática-compreensão de conceitos matemáticos

3. Justificativa

Estimular a compreensão de conceitos matemáticos visto que os alunos demonstram dificuldades na resolução de atividades que envolvem o raciocino lógico matemático.

4. Objetivo (s) Desenvolver habilidades que permitam resolver problemas e lidar com informações numéricas, gerando reflexão, autoconfiança e liberdade criativa; procurar despertar o interesse pela Matemática através de jogos e integrar a utilização do computador e os recursos tecnológicos à prática pedagógica de forma proveitosa e prazerosa.

5. Conteúdos
 Compreender a representação numérica de nosso Sistema Decimal de Numeração;
 Resolver situações problemas que envolvam operações com números naturais de acordo com a série;
 Observar e reconhecer as formas geométricas presentes na natureza e nos objetos criados pelo homem;
 Desenvolver o raciocínio lógico matemático e a imaginação criadora;
 Passar por várias experiências concretas envolvendo o conceito da adição, da subtração, da multiplicação e da divisão;
 Leitura e interpretação de situações-problema;
 Utilizar diferentes estratégias e registros, explicando o processo percorrido de suas resoluções;
 Desenvolver a linguagem oral;
 Criar e compreender regras.

6. Disciplinas envolvidas
Português e Matemática

7. Metodologia / Procedimentos / Cronograma Os alunos serão atendidos em vários espaços da escola, dependendo da atividade que será desenvolvida naquele dia (sala de aula, quadra de esportes, sala de vídeo e laboratório Informática).
 Em reunião pedagógica juntamente com os professores que participam do projeto interventivo serão discutidas e elaboradas as atividades que serão desenvolvidas com os alunos. Elas serão conduzidas e planejadas de acordo com o currículo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais.
 As atividades propostas envolverão conceitos de número e operações e permitirá à criança criar, discutir problemas, utilizar diferentes estratégias e registros, explicar o processo percorrido e comunicar suas resoluções. Oportunizando aos alunos vivenciar problemas interessantes e significativos.
 Os alunos desenvolverão atividades no laboratório de informática, utilizando jogos (quiz), software educativo e sites correlacionados ao tema estudado.
 Aliar resolução de problemas ao jogo, no ensino de matemática, é o objetivo principal dessa proposta de trabalho.
 O desenvolvimento do projeto se dará em horário contrário ao de aula do aluno, uma vez por semana, a partir do mês de Agosto. O tempo dependerá da atividade a ser realizada, bem como a duração dependerá das habilidades a serem desenvolvidas, variando de 1 hora a 1 hora e meia.

8. Recursos a serem utilizados (tecnológicos ou não)
• Textos (regras de jogos e situações-problemas)
• Músicas;
• Jogos matemáticos;
• Televisão e vídeo;
• Dados, pinos, tampinhas, canudos, fita métrica, material dourado, embalagens, cartazes;
• Data show;
• Computadores (Paint, editor de texto, jogos – quiz e bingo, internet).

9. Registro do processo
Através de portfólio e registros feitos no BrOffice Writer

10. Avaliação e Resultados esperados
 A avaliação se dará no decorrer do processo de forma global, contínua e sistemática, observando as necessidades dos alunos e favorecendo-lhes o desenvolvimento de suas aprendizagens, levando-se em conta suas condições individuais e o processo de inclusão, realizando, assim, intervenções pedagógicas favoráveis à aprendizagem de todos.
 A importância que se dará ao erro será uma questão fundamental no processo avaliativo, pois o erro representa, entre outras manifestações do aluno, indícios do seu processo de construção de conhecimentos.
 Haverá também momentos de avaliação do encontro e de auto-avaliação no Writer.

11. Divulgação / Socialização do Projeto realizado
Blog da escola e em reuniões coletivas com os professores.
Poster, Painel, Blog, Evento.....

12. Referências Bibliográficas
GOULART, Beatriz L. O ciclo de aprendizagem como meio neutralizador do fracasso escolar. Educação & Temas Contemporâneos, vol. II. Ed. da PUC Goiás; Brasília: Sindicato dos Professores do Distrito Federal, 2010

KAMIL, C. A criança e o número: implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação junto a escolares de 4 a 6 anos. Trad. Regina A. de Assis, 1995.

PCNParâmetros Curriculares Nacionais: Matemática/Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1997

Eternamente Paulo Freire


Eu não poderia de deixar de falar de Paulo Freire, o mais célebre educador brasileiro, que teve como objetivo maior da educação a conscientização do aluno.

Freire criticava a ideia de que ensinar é transmitir saber, porque para ele a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos. Os dois lados, tanto o aluno como o professor, aprendem juntos um com o outro; e para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expressar.

Quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar-aprender participamos de uma experiência total, diretiva, política, ideológica, pedagógica e ética. O respeito à autonomia e à dignidade de que fala Freire, é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder aos outros.


Portanto, não podemos falar de projetos sem mencionar e fazer uso dos ensinamentos de Freire.

Beatriz